O fundo Tordesilhas EI Fundo de Investimento Imobiliário (TORD11) decepcionou mais uma vez e tem mais 1 mês sem pagar dividendos.
Por meio de um comunicado em 07 de junho, a administradora VORTX informou aos mais de 110 mil cotistas que o fundo não teve resultado.
Por que o TORD11 está há mais de 1 mês sem pagar dividendos?
Um ponto de inflexão no TORD11 aconteceu quando o fundo divulgou em janeiro/23 o seu menor dividendo da história (R$ 0,04 centavos)
Isso depois de ter cancelado dividendos ainda no final de 2022.
Esse pagamento reduzido ocorreu como medida de cautela pelo fundo, pois alguns empreendimentos vinham sofrendo com altas taxas de distrato.
Além disso, no final de 2022, 4 CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), segundo relatório gerencial, necessitavam de algum plano de ação do fundo (atualmente, quase todos precisam de um).
Depois, desse cenário nada animador, o Gramado Parks, pediu recuperação judicial e pegou em cheio o TORD11.
Isso ocorreu, por que além de ter na carteira CRIs do Gramado Parks, o fundo estava com um ativo o Serra Verde (SRVD11) que também possuía o Gramado Parks em sua carteira.
Depois disso, o fundo não conseguiu mais pagar dividendos aos seus cotistas.
Desde fevereiro/2023 até então os investidores estão sem receber nenhum valor do fundo.
Ademais, amargam uma desvalorização só em 2023 em mais de 45% no valor da cota, atualmente em menos de R$ 4 reais, contra um IPO de R$ 10 reais.
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O que é o fundo TORD11?
O fundo TORD11 é um fundo imobiliário híbrido, ou seja, há investimentos em mais de uma categoria de ativos.
No Tordesilhas temos CRIs, FIIs, Equity e Imóvel, nos percentuais abaixo, divulgado em seu último relatório gerencial.
Apesar dessa diversidade de ativos, muitos deles têm riscos específicos que tornam esse fundo imobiliário mais apimentado.
Isso ocorre, porque ele tem uma parte em papel CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) que são conhecidos como high yield.
(High Yield são fundos que apostam em mais risco de crédito, porque eles almejam maiores retornos).
Além disso, boa parte do fundo também é composta por uma carteira de desenvolvimento.
Assim, fundos desse tipo têm construção ou melhoria de um imóvel para posterior aluguel ou venda.
Então, há adição de mais incertezas quanto a entrega do imóvel em condições para a operação, por isso mais risco no FII.