Investir o seu dinheiro de forma inteligente é uma maneira eficaz de fazer o seu patrimônio crescer ao longo do tempo.
Assim, dentre as opções disponíveis para Renda Fixa no mercado financeiro, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é sempre uma alternativa lembrada pelos investidores.
Nesse post, vamos discutir sobre o CDB progressivo do Banco Santander, saber como ele funciona e se realmente vale a pena investir nesse título privado.
O que é um CDB (Certificado de Depósito Bancário)?
O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é um título de Renda Fixa emitido por instituições financeiras com o objetivo de captar recursos.
Dessa forma, o título funciona como um empréstimo que você faz para o banco e, em troca, recebe uma remuneração que varia de acordo com o prazo e a taxa acordada.
Características do CDB progressivo
O CDB progressivo é uma modalidade específica desse título oferecida pelo Banco Santander.
Esse investimento possui liquidez diária, ou seja, a possibilidade de acesso rápido aos recursos, aplicação mínima de R$ 500 reais e conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Diferentemente dos CDBs tradicionais, em que a rentabilidade é definida na contratação, o CDB progressivo possui uma taxas que aumentam ao longo do tempo.
Isso significa que quanto mais tempo você mantiver o dinheiro investido, maior será a rentabilidade, pelo menos na teoria.
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Vale a pena investir no CDB progressivo Santander?
Não. Pois a rentabilidade ofertada pelo banco é inferior a produtos existentes dentro da própria instituição.
Vamos antes a um disclaimer: a depender da taxa Selic o percentual de rentabilidade do CDB tende a se atualizar.
Então, pode ser que no momento que você lê esse post podem estar diferentes, mas a lógica é sempre a mesma (rentabilidade ruim no início e rentabilidade razoável no vencimento do título).
Isso porque no primeiro ano a rentabilidade é irrisória (varia de 60% a 85%).
E conforme o passar dos anos, o máximo de rentabilidade que você consegue é de 101% do CDI.
Mas isso só ocorre no final de 3 anos de investimento.
Por isso, esperar todo esse tempo para uma rentabilidade de 101% do CDI não é muito coerente, quando o próprio banco tem um CDB de 99% do CDI que rende esse percentual desde o início.
Qual escolher CDB DI ou CDB progressivo?
Levando em conta o cenário anterior, o CDB progressivo já foi descartado.
Então, vamos analisar o CDB DI que o Banco Santander oferece.
Basicamente, a mudança entre o CDB DI e o CDB progressivo é a rentabilidade.
Isso porque a garantia do FGC e a liquidez diária permanecem nesse produto.
Atualmente, julho de 2023, a rentabilidade do CDB DI está em 99% do CDI.
Ou seja, isso quer dizer que ele vai render 99% do CDI que é o mesmo percentual da taxa básica de juros do Brasil.
Hoje esse percentual está em 13,65% com previsão de baixar nos próximos meses.
Logo, o rendimento anual do CDB DI do Banco Santander é 13,51%.
Vale lembrar que quais quer dos CDBs são tributados pelo Imposto de Renda (IR)
Prazo | Imposto de Renda |
---|---|
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Além disso, se o saque for efetuado antes de 30 dias, há também o IOF (Imposto de Operações Financeiras).
Quanto rende 1.000 no CDB Santander?
Se o valor for investido num CDB de liquidez diária atrelado ao CDI, o Banco Santander está remunerando com uma taxa de 99% do CDI.
Em reais, investindo por 1 ano, o valor bruto é de R$ 1.135,10 reais.
Descontado o Imposto de Renda o valor a receber é de R$ 1.111,46 reais.
Se você optasse pela poupança, no momento atual, receberia algo em torno de R$ 1.079 reais.
Ou seja, ainda que o CDB tenha Imposto de Renda, não deixa de ser um investimento melhor do que a caderneta de poupança.
Movimento dos Bancões com a taxa do CDB DI
Depois da manutenção da taxa Selic mais tempo do que o mercado esperava, os bancos resolveram rever a remuneração dos seus títulos.
Assim, os bancos tradicionais tem reduzido a rentabilidade dos CDBs de liquidez diária de 100% do CDI para 99% do CDI.
Dessa forma, é eua queda na rentabilidade pouco expressiva, mas que afeta de alguma forma o investidor.
Para aqueles que procuram segurança, principalmente na formação da reserva de emergência, o jeito é aplicar em instituições mais sólidas.
Já para os que buscam melhores rentabilidades alinhados a Selic, é buscar um pouco mais em bancos digitais ou instituições menores com boa saúde financeira.