O Tesouro Prefixado é uma das alternativas mais procuradas por quem busca segurança e rentabilidade fixa em seus investimentos.
Entretanto, é preciso entender o funcionamento desse título público para não perder dinheiro.
Vamos explicar como funciona esse título, seus riscos e como utilizá-lo nos seus investimentos.
O que é Tesouro Prefixado?
O Tesouro Prefixado é um título público de Renda Fixa emitido pelo governo federal.
Como o próprio nome sugere, a sua rentabilidade é prefixada, ou seja, ela é definida no momento da compra e permanece fixa se o título for carregado até o vencimento.
Isso por que se o resgate por feito antes do vencimento, ocorre a marcação a mercado presente nos títulos do Tesouro Nacional.
Apesar disso, o Tesouro Prefixado não deixa de ser uma opção interessante para quem busca previsibilidade de rendimentos dentro de uma estratégia de investimentos.
Evidente que tudo precisa ser pesado, porque estamos falando do título mais arriscado dentre os títulos ofertados no Tesouro Direto.
Por quê? Segue o fio.
Quais são os riscos do Tesouro Prefixado?
Parece que o valor nominal do título prefixado chama muita atenção, acredito que pelo conforto que se tem ao saber exatamente quanto vai receber de rendimento.
Além disso, como os demais títulos públicos do governo federal, é um investimento considerado seguro porque seu risco de calote é muito baixo.
Entretanto, todo investimento pode ter mais de um risco, e com o Tesouro Prefixado não é diferente. Seu principal risco é o de mercado, que é a variação do preço do título com a possibilidade de haver uma variação na taxa de juros, impactando na rentabilidade do papel.
Por isso, é preciso acompanhar a trajetória dos juros no Brasil para saber o momento mais adequado de aplicar.
Recentemente, passamos por juros de 2% ao ano e hoje estamos em 13,75%. Se no meio do caminho você comprou algum prefixado de 5% ao ano amargou perdas de duas formas.
Uma, mesmo levando até o vencimento, perdeu grandes oportunidades de investir com uma taxa maior.
A outra vem da marcação a mercado, com os juros subindo, se você precisou nesse período vender seu título antes do vencimento, amargou prejuízos.
No pior cenário, dos juros subirem e a inflação descontrolada, então seu dinheiro perde valor por conta do aumento geral de preços e os juros jogam o preço do título para baixo.
Como lidar com os riscos do Tesouro Prefixado?
Para lidar com os riscos do Tesouro Prefixado, é importante seguir uma estratégia de investimento.
Uma boa ação é diversificar a sua carteira de investimentos, reduzindo os riscos de perda e aumentando as chances de ter uma rentabilidade mais equilibrada.
Além disso, é fundamental ficar de olho nas taxas de juros, que impactam diretamente os rendimentos do título.
Se há um cenário de queda nas taxas de juros é um bom momento, porque você pegará as melhores taxas prefixadas tanto para levar até o vencimento ou até mesmo se optar por uma marcação a mercado.
Eu prefiro levar os título públicos até o vencimento, aconselho a você inicialmente fazer isso também.
É hora de investir em Prefixado?
Como saber se é o melhor momento? Você não vai saber. rsrs
Não exatamente, mas é possível ter indicativos. O Banco Central em suas decisões sobre a Taxa Selic fala sobre uma provável trajetória da taxa.
Ademais, o boletim Focus traz projeções semanais sobre aumento ou queda nos juros do país.
No boletim abaixo podemos notar que a Selic em 12 de maio de 2023 tem um consenso de mercado para 12,50% ao ano e em 2026 8,75% esse último com uma indicação de queda em relação a avaliação feita semana anterior.
Semana após semana as projeções são atualizadas com base no cenário nacional e internacional.
Assim, é provável que aplicar em no Tesouro Prefixado com vencimento para 2026 é um bom negócio. Por quê? Porque a expectativa do mercado é de 8,75% e o título público está pagando hoje 11,27% ao ano.
Além disso, na seção preço e taxas do site do Tesouro Direto é possível ver a queda em várias janelas de tempo. A título de exemplo, nos últimos 30 dias, o título estava com rentabilidade anual de 12%.
E o Banco Central apesar de não ser claro quanto a queda da Taxa Selic, vem mantendo o seu percentual há algumas reuniões. Ao menos, um sinal de que o teto pode ter sido atingido. Agora é esperar uma melhora no índice de inflação.
Vale lembrar essas movimentações são atualizadas conforme o cenário político, fiscal do Brasil e do mundo. Então, você terá que tomar a decisão de investir em algum momento, não tente acertar o timing, aproveite quando o cenário indica que a queda é uma tendência.
Posso perder dinheiro no Tesouro Prefixado?
A resposta é sim. Entretanto, a perda financeira só ocorre se o título for vendido antes do vencimento e se o cenário da taxas de juros estiverem em uma tendência de alta.
Caso você precise vender o Tesouro Prefixado antecipadamente e a tendência dos juros forem de queda, é provável que você tenha lucro na operação.
De maneira geral, se o título for mantido não há o que se falar em prejuízo, pois ao final do período acordado os juros apresentados na aplicação serão pagos junto com o valor aportado.
Você pode entender melhor como funciona a marcação a mercado do títulos do Tesouro Nacional AQUI.
Quanto rende 1.000 no Tesouro prefixado?
O simulador do Tesouro Direto mostra que em maio de 2023, aplicar mil reais no Tesouro Prefixado 2026 terá valor final de R$ 1.330,12 reais bruto. E R$ 1.273,80 reais descontado Imposto de Renda e a Taxa da B3 (Brasil, Bolsa e Balcão).
Para fazer sua própria simulação, basta clicar AQUI e escolher o título de acordo com seu objetivo financeiro.
Quanto rende 100 reais por mês no Tesouro Direto?
Aportando R$ 100 reais e fazendo aplicações mensais do mesmo valor, o simulador do Tesouro Direto, mostra que o título prefixado com vencimento em 2026 terá valor final de R$ 3.715,67 reais bruto. O valor total aportado no período será de R$ 3.200 reais.
Conclusão
O Tesouro Prefixado é uma excelente opção para quem busca segurança e rentabilidade fixa em seus investimentos.
Com algumas estratégias de investimentos, é possível reduzir os riscos e ter uma rentabilidade satisfatória.
Lembre-se de estudar bem antes de investir e escolher uma opção que seja adequada ao seu perfil de investidor.