Inflação: saiba os 4 motivos para o aumento nos preços

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A inflação impacta diretamente na vida das pessoas. Saiba quatro motivos que causam o aumento generalizado de preços.

O que é a inflação?

A inflação é o aumento nos preços de forma generalizada. Isso significa dizer que as coisas agora custam mais dinheiro do que costumavam custar.

E por conta disso o dinheiro que você tem na sua carteira valesse a cada dia menos. Se aumenta o preço das coisas e sua renda não aumenta, o dinheiro perde valor.

Mas por que isso acontece? Bem, existem alguns motivos que podem causar inflação.

O Brasil tem um histórico de altas taxas de inflação, geralmente valores superiores a dois dígitos (10% para cima).

Aqui vamos explicar quatro motivos que podem causar a inflação.

1. Menos dólares circulando

Uma das principais preocupações quando se trata de inflação é o impacto que ela tem na taxa de câmbio (o valor que uma moeda possui relativamente a outra).

Isso é especialmente relevante quando se trata do dólar, já que é a moeda de reserva global e é amplamente utilizada como moeda de referência em muitos países, incluindo o Brasil.

Quando há uma entrada de dinheiro estrangeiro, há um fortalecimento da moeda local e, consequentemente, o controle da inflação. De outro lado, a saída de capital estrangeiro faz a inflação aumentar.

Isso ocorre porque quando temos menos dólares circulando o seu preço aumenta por conta da escassez. Se a moeda está difícil de encontrar, o preço tende a aumentar, é assim com tudo na vida, né?

Como muita coisa que a gente tem no país está atrelado ao dólar, os preços podem subir. Imagine que nosso país compra farinha de trigo de fora e que o valor do dólar hoje é R$ 5,00 reais.

Se houver uma saída do capital estrangeiro do Brasil e o dólar aumentar, consequentemente a farinha de trigo vai aumentar.

Com isso o preço de pão, macarrão, biscoito e muitos outros itens vão subir também. Assim, temos um aumento generalizado por conta de um aumento no preço do dólar.

2. Demanda excessiva

Quando muitas pessoas querem comprar a mesma coisa simultaneamente, os preços tendem a aumentar.

Isso ocorre porque há um aumento no volume de compras, mas quem produz aquele item pode não estar preparado para atender uma alta repentina na demanda.

Enquanto não se consegue atender, os preços sobem para regular a demanda e a oferta, ou seja, esse encontro dos que querem comprar com os que querem vender.

É como se numa grande festa de aniversário e todos quisessem um pedaço da mesma torta. Se não houver torta suficiente, elas vão acabar rapidamente, exceto se tomarem alguma iniciativa.

3. Aumento dos custos de produção

Quando os custos de produção aumentam, as empresas precisam aumentar os preços dos seus produtos para continuar obtendo lucro, porque essa é sua razão de existir.

Esse aumento dos custos de produção, faz a organização calibrar qualquer custo que afeta a entrega do bem ou serviço, para que eles sejam ao menos condizentes com os preços cobrados na ponta.

Quando há aumento do salário mínimo, por exemplo, que faz parte do custo para se produzir um bem ou prestar um serviço, há um aumento no custo de produção que precisa ser refletido de alguma forma.

Assim, o preço é aumentado para compensar esse aumento de custo, quase que um efeito cascata, onerando o consumidor final.

Outro fator que pode contribuir para o aumento dos custos de produção é a incerteza econômica causada pela inflação.

Quando os preços estão aumentando rapidamente, as empresas podem ter dificuldade para prever seus custos futuros e isso pode tornar mais difícil para planejarem e investir.

4. Gastos excessivos do governo

Os gastos do governo também podem desempenhar um papel importante na inflação.

Quando o governo gasta exageradamente, pode levar a um aumento na oferta de dinheiro e quando há mais dinheiro disponível, os preços dos bens e serviços podem subir.

Com mais dinheiro na praça, há um aumento de consumo, mas em países com pouco estímulo para produção, podemos não ter oferta suficiente compatível com essa nova disponibilidade financeira.

Além disso, os gastos do governo podem também afetar a inflação ao aumentar os custos de produção. Por exemplo, se o governo aumenta os impostos, as empresas podem ter que pagar mais para produzir seus produtos, o que pode fazer com que os preços subam.

Por outro lado, quando o governo tem gastos controlados e equilibrado com sua arrecadação, isso pode ajudar a controlar a inflação.

Como é medida a inflação?

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice oficial de inflação no Brasil. Ele mede a variação dos preços dos bens e serviços consumidos por famílias com renda de um a 40 salários mínimos, e é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cálculo do IPCA é baseado em uma cesta de bens e serviços, que inclui itens como alimentação, transporte, saúde, educação, entre outros. O IBGE coleta dados de preços de vários estabelecimentos comerciais em todo o país, e esses dados são usados ​​para calcular a variação dos preços ao longo do tempo.

O índice foca no varejo representando as famílias que tem renda entre 1 e 40 salários mínimos e que moram nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

O IPCA é divulgado mensalmente sempre após o período de medição: entre 1 e 30 de cada mês. Após a apuração, leva em torno de 10 dias para que o índice mensal passe ser divulgado.

Interessante que o IBGE divulga uma média geral, levando em conta os locais avaliados, mas não podemos deixar de notar as disparidades entre as cidades. Enquanto, o índice mensal geral em dezembro de 2022 foi de 0,62%, a cidade de Rio Branco (AC) teve uma inflação de 1,32% muito acima da média.

Quem determina a inflação?

Antes de saber quem determina, é importante dizer que a inflação é a consequência da conjuntura que citamos anteriormente. Então esse reflexo é monitorado por índices que refletem um aumento (inflação) ou diminuição (deflação) generalizada nos preços dos bens ou serviços.

Dito isso, o CMN (Conselho Monetário Nacional) determina uma meta a ser seguida e um intervalo de tolerância geralmente de 1,5% para mais e para menos.

Dessa maneira, se a meta para o ano for de 5%, 3,5% é o mínimo e 6,5% é o máximo que esse valor pode atingir. Fora desse intervalo, o Banco Central tem que explicar em carta aberta ao Ministro da Fazenda que é o Presidente do CMN o que houve e como vai fazer para resolver o problema.

Por falar em Banco Central, é papel dessa entidade imprimir ações para o controle da inflação. Trabalhando para manter a inflação dentro do intervalo de tolerância.

Dessa forma, temos o seguinte ciclo:o CMN determina uma meta para que tudo fique sob controle. O IBGE vai medir e informar o que tá acontecendo na vida real. O Banco Central (BACEN) vai trabalhar para que tudo fique dentro do esperado.

Conclusão

Existem outros motivos que podem causar inflação, mas essas são algumas das principais causas.

Entender como a inflação funciona pode ajudar a fazer escolhas melhores sobre o dinheiro, principalmente estratégias para minimizar os impactos dessa escalada de preços.

Se você gostou de ler sobre inflação, confira outros artigos em nosso blog para aprender mais sobre dinheiro e investimentos.

 


Hey, povo lindo!

Como combinado, cruzando essa linha temos um espaço só nosso.

Tava pensando aqui o quanto a inflação tá subindo e o quanto tá difícil fazer qualquer compra eventual de mercado que não supere R$ 100,00 reais. E olhe que sou econômico.

Incrível!

Tudo subindo, eu paro e me pego pensando, se tá me incomodando, imagina com as outras pessoas que não têm acesso a educação financeira, os mais pobres, quem não investe.

Tempos difíceis.

 

 

Gustavo Dourado

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