Investir pode ser intimidador, especialmente se você é novo nesse assunto, são muitas termos próprios do mercado financeiro que aparentemente parecem ser complexos.
No entanto, é importante começar a se familiarizar com o tema e pensar em sua situação financeira desde cedo, para garantir um futuro tranquilo.
Aqui estão 6 dicas simples e fáceis de entender para ajudá-lo a começar a investir.
Sumário
ToggleDica 1: Não viva de dicas!
Talvez essa seja a melhor dica de todas para você que está começando agora. Seguir a opinião dos outros é uma característica humana natural, ficamos confortáveis com esse apoio psicológico.
Esse processo de seguir a manada, como ocorre também com os animais, é quase que instintivo. E esse instinto pode também estar presente no momento de realizar os seus aportes.
Quando alguém que confiamos está supostamente entendendo o funcionamento de um produto financeiro e nos aconselha a investir, é muito provável que também avaliemos com bons olhos esse investimento.
Se não é um amigo próximo ou familiar, a internet vai te dar um mar de possibilidades. Nas redes sociais não é muito difícil encontrar os melhores investimentos para fazer hoje e faturar 5% de lucro no dia.
Quando alguém está se dando bem e esse alguém não é você, então há uma grande chance de sua cabeça lutar para que você faça parte do grupo vencedor.
Juntando o instinto de seguir a manada, com o FOMO (Fear of Missing Out) você vai ter uma combinação quase que explosiva.
FOMO é uma sigla que significa “Medo de Perder a Oportunidade” em português. É uma tendência psicológica que se refere ao medo ou ansiedade de perder uma grande oportunidade.
A preocupação com o FOMO pode levar as pessoas a tomarem decisões impulsivas ou erradas, baseadas em informações incompletas ou falsas, na tentativa de não perder uma chance que aparentemente é única.
Sabendo disso, é importante controlar esse ímpeto de não ficar de fora, colocar a cabeça no lugar e trabalhar para fazer um aporte consciente utilizando a razão.
Solução para não viver de dicas? Sentar e estudar para saber o que está fazendo. Você pode até investir antes de estudar, desde que sejam quantias muito pequenas a título de experimentação.
Dica 2: Não seja ganancioso
Quando os investidores ficam obcecados com ganhos altos e rápidos, eles podem se concentrar em oportunidades de curto prazo em vez de investir em estratégias a longo prazo.
Isso pode levar a uma falta de planejamento adequado e a resultados insatisfatórios a longo prazo.
Além de te colocar em possíveis golpes que acontecem diariamente na internet. O mais recente deles é sobre o depósito de um valor no PIX para ter um retorno sem precedentes em criptomoedas.
Antes de sair por ai procurando qual investimento vai te dar a maior rentabilidade, procure investimentos mais adequados ao seu perfil de risco e com os objetivos que tem a alcançar. Lembre-se de que a diversificação é sua maior arma.
Se grandes investidores mundiais, como Warren Buffett, conseguiram rentabilidades próximas a 20% anuais, o que faz pensar que você que chegou agora, vai conseguir uma rentabilidade dessa em 1 mês. Pense nisso.
Dica 3: Conheça seus objetivos financeiros
Antes de investir, é importante entender qual é o seu objetivo financeiro no curto, médio e longo prazo.
Você está procurando aposentadoria? Quer viajar no próximo semestre? Uma casa? Seus objetivos influenciarão suas escolhas de investimento.
Há uma diversidade de produtos mais adequados para perfis de investidores e prazos de investimentos.
Mas se você está iniciando agora, prefira produtos de Renda Fixa e não tente, ao menos nesse início, fazer uma Renda Fixa ativa. Leve o investimento até seu vencimento que tudo vai dar certo.
Dica 4: Aprenda com suas escolhas
Não se sinta mal se algum de seus investimentos não der certo. Porque não existe esse investidor que nunca errou, errar é parte do processo de aprendizagem e vai fazer você crescer a cada dia.
Use cada escolha como uma oportunidade para aprender e melhorar suas escolhas futuras.
Comece com pouco e erre, melhor errar agora no começo do que errar quando seu patrimônio for volumoso. Ainda assim, lá na frente você vai cometer erros, porque há muitas incertezas no mundo dos investimentos.
Se até a Renda Fixa não é fixa, daí você tira. Mas não se desespere, o melhor momento de errar é agora.
Dica 5: Evite investimentos complexos
Depois que você cria uma base sólida para investimentos, as coisas tendem a andar com mais facilidade.
Sempre vão existir investimentos complexos para entender, embora as rentabilidades possam até ser atrativas para o investidor é bom tomar cuidado.
Se você não sabe o que está acontecendo lá dentro, para quê vai investir seu dinheiro? Não dá para ficar torcendo para ter rentabilidade positiva.
Vamos pegar um caso de um investimento em Renda Fica, a debênture. Falando de forma simples, numa debênture, você compra uma dívida de uma empresa, ou seja, você empresta seu dinheiro a ela.
Você saberia avaliar a saúde financeira de uma empresa para evitar um risco dela não te pagar os rendimentos prometidos? Então, evita, pelo menos no início.
Vai num Tesouro Direto ou CDB, faz o básico nesse início, faz o simples.
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Dica 6: fuja de COE, Consórcio e Título de Capitalização
Se você tem um Gerente de banco, a possibilidade que ele vá oferecer um desses produtos é altíssima.
Provavelmente você vai ter dificuldade em ver Gerentes indicando títulos públicos do Tesouro Direto, porque eles não dão nenhuma rentabilidade para a instituição financeira e nem batem as metas dos funcionários da instituição.
COE (Certificado de Operações Estruturada), Consórcio e Títulos de Capitalização são boas opções para passar bem longe. Essa dica eu seguiria de olhos fechados.
Quem sabe mais para frente a gente detalha o funcionamento de cada um e o porquê de ser tão ruins.
Conclusão
Essas são 6 dicas fáceis de entender para ajudá-lo a começar a investir. Lembre-se de começar pequeno, poupar, aprender sobre as opções de investimento e entender seus objetivos financeiros. E lembre-se, investir é um processo a longo prazo e suas escolhas precisam refletir seus objetivos e tolerância a risco.